PALESTRA SOBRE SAÚDE MENTAL – inaugura o Projeto de Extensão “Trilhas de Aprendizagem”

PALESTRA SOBRE SAÚDE MENTAL –   inaugura o Projeto de Extensão “Trilhas de Aprendizagem”
NÚCLEO PEDAGÓGICO ITABIRA/ DAE ITAJUBÁ/CEDUC/ APOIO NEOA
No dia 28 de abril de 2022, ocorreu a palestra “O cotidiano acadêmico: reflexões acerca da saúde mental” ministrada pela professora Dra. Tereza Cristina da Silva Kurimoto, da Universidade Federal de Minas Gerais – UFMG, marcando o início das atividades do Projeto de Extensão “Trilhas de Aprendizagem” que é uma  iniciativa dos serviços de apoio pedagógico da Unifei (Diretoria de Assuntos Estudantis – DAE/ Itajubá e Núcleo Pedagógico- Itabira) com o objetivo de disponibilizar ferramentas que possam nortear a aprendizagem dos estudantes.
A servidora do Núcleo Pedagógico de Itabira, Alice Cristina Figueiredo, iniciou o evento falando sobre os desafios da volta ao ensino presencial na Unifei após dois anos de ensino remoto devido à pandemia. Comentou como a situação atípica  exigiu que todas as pessoas reinventassem as suas formas de conviver, ensinar e aprender e que, por esse motivo   foi escolhido  o tema “Saúde mental” para a palestra inaugural do Projeto de Extensão “Trilhas de Aprendizagem” .
A professora Tereza iniciou falando sobre o contexto acadêmico e como o ambiente e alguns paradigmas  dentro da universidade podem interferir na saúde mental de todos os cidadãos  envolvidos e imersos nesse espaço (professores, alunos e servidores técnicos administrativos) que reflete a sociedade como um todo .
Ela relatou dados de uma importante pesquisa sobre o contexto acadêmico e destacou como, de forma paradoxal, o ambiente acadêmico pode ser, por um lado inspirador, uma potência, e por outro lado um espaço extremamente duro e pesado.
De forma positiva, a universidade aparece na visão de professores como um espaço que possibilita a realização e crescimento profissional, a pesquisa e a autonomia. De forma negativa, esse espaço é descrito, também,  como um ambiente  “duro”, implacável e competitivo.
A professora Tereza  citou mais dados que mostram que uma porcentagem significativa de professores se sente sobrecarregada por conta de uma extensa carga horária de trabalho e da pressão com relação à produção acadêmica.
Em seguida, ela relatou os descontentamentos dos estudantes que, apesar de  verem a universidade como uma conquista e um caminho que se abre, também se sentem sobrecarregados e ansiosos diante de tantos trabalhos e provas que tomam todo o seu tempo.
A professora Tereza destacou a importância de se falar sobre saúde mental no ambiente acadêmico que é tão exigente e onde não há lugar para diferenças, fraquezas e doenças de ordem emocional e psíquica como a depressão, os transtornos de ansiedade etc. Logo após, comentou sobre o erro de se cair na normalização das doenças mentais.
Tereza afirmou que na volta ao ensino presencial pós-pandemia, encontra-se um contexto novo que necessita maior investimento no acolhimento das pessoas que retornam mais fragilizadas. Dessa forma, indicou alguns caminhos para se combater as doenças mentais, mostrando as iniciativas que têm sido praticadas na UFMG:  a conversação, o trabalho em rede e parcerias, a presença de espaços acolhedores, o estímulo às experiências de cultura e arte que minimizam as doenças mentais, o estabelecimento de datas como a semana da Saúde Mental etc.Para finalizar, a palestrante ressaltou a importância e a necessidade da discussão sobre o sofrimento psíquico dentro da universidade para que a permanência de todos os envolvidos neste espaço não seja um agravante para o sofrimento e o adoecimento.